OM verifica denúncias
Em Bloco Operatório dos Açores
Hospital diz que bloco não está fechado à noite. Mas nem sempre é possível ter cirurgião em presença física
A Ordem dos Médicos (OM) foram verificar in loco se o Hospital de Ponta Delgada tem o bloco operatório encerrado durante a noite, depois de ter recebido uma denúncia de que isso estaria a acontecer. "Se assim for, é grave, porque este é um hospital de fim de linha, à volta só há mar", considera Carlos Santos, presidente do colégio da especialidade de cirurgia geral da OM, que ontem foi fazer o ponto da situação a Ponta Delgada.
Para Carlos Santos, se a denúncia se confirmar, isso será motivo suficiente para retirar a idoneidade formativa ao hospital, que desde 1984 forma cirurgiões gerais. "A situação é ainda mais caricata porque o hospital se localiza na sede do Governo Regional dos Açores", considera o médico, que também vai visitar os hospitais da Terceira e da Horta.
A direcção clínica do Hospital de Ponta Delgada garantiu, em resposta escrita ao PÚBLICO, que o bloco operatório não está encerrado à noite, apesar de admitir que nem sempre é possível a presença de um cirurgião em presença física. O bloco "funciona 24 horas por dia, existindo sempre no período entre as 8h30 e as 20h30 um cirurgião geral em presença física no Serviço de Urgência". Já no período nocturno, entre as 20h30 e as 8h30, há, "sempre que possível, um cirurgião geral em presença física, mas, nas noites em que não é possível, devido à escassez de recursos humanos, existe um interno da área cirúrgica integrado na urgência". Em todas as circunstâncias, nota a direcção clínica, há "um segundo cirurgião em prevenção e que rapidamente se desloca ao hospital".
A questão, agora, é a de saber se isto é ou não suficiente para a OM. Carlos Santos defende que o tempo é determinante nesta área: "Em cirurgia geral, principalmente no caso dos traumatismos, cinco minutos podem representar a diferença entre a vida e a morte".
Quanto aos anestesistas, o Hospital de Ponta Delgada adianta que tem um em presença física até às 24h00 no bloco operatório. No restante período, tem um especialista em prevenção, para além de ter outro "em presença física 24 horas no bloco de partos". A situação vai alterar-se após o período de férias.
JP, 10.07.08, Alexandra Campos
Hospital diz que bloco não está fechado à noite. Mas nem sempre é possível ter cirurgião em presença física
A Ordem dos Médicos (OM) foram verificar in loco se o Hospital de Ponta Delgada tem o bloco operatório encerrado durante a noite, depois de ter recebido uma denúncia de que isso estaria a acontecer. "Se assim for, é grave, porque este é um hospital de fim de linha, à volta só há mar", considera Carlos Santos, presidente do colégio da especialidade de cirurgia geral da OM, que ontem foi fazer o ponto da situação a Ponta Delgada.
Para Carlos Santos, se a denúncia se confirmar, isso será motivo suficiente para retirar a idoneidade formativa ao hospital, que desde 1984 forma cirurgiões gerais. "A situação é ainda mais caricata porque o hospital se localiza na sede do Governo Regional dos Açores", considera o médico, que também vai visitar os hospitais da Terceira e da Horta.
A direcção clínica do Hospital de Ponta Delgada garantiu, em resposta escrita ao PÚBLICO, que o bloco operatório não está encerrado à noite, apesar de admitir que nem sempre é possível a presença de um cirurgião em presença física. O bloco "funciona 24 horas por dia, existindo sempre no período entre as 8h30 e as 20h30 um cirurgião geral em presença física no Serviço de Urgência". Já no período nocturno, entre as 20h30 e as 8h30, há, "sempre que possível, um cirurgião geral em presença física, mas, nas noites em que não é possível, devido à escassez de recursos humanos, existe um interno da área cirúrgica integrado na urgência". Em todas as circunstâncias, nota a direcção clínica, há "um segundo cirurgião em prevenção e que rapidamente se desloca ao hospital".
A questão, agora, é a de saber se isto é ou não suficiente para a OM. Carlos Santos defende que o tempo é determinante nesta área: "Em cirurgia geral, principalmente no caso dos traumatismos, cinco minutos podem representar a diferença entre a vida e a morte".
Quanto aos anestesistas, o Hospital de Ponta Delgada adianta que tem um em presença física até às 24h00 no bloco operatório. No restante período, tem um especialista em prevenção, para além de ter outro "em presença física 24 horas no bloco de partos". A situação vai alterar-se após o período de férias.
JP, 10.07.08, Alexandra Campos
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