Mobilidade Especial (2)
Regime de mobilidade com pouco «sucesso» na Saúde
Listas sem muitos mobilizáveis
Listas sem muitos mobilizáveis
O prazo para os hospitais entregarem as listas de pessoal a colocar em mobilidade especial terminou no passado dia 27 de Novembro, mas poucos foram os que cumpriram os requisitos da tutela. Atrasos na elaboração das listas e inexistência de funcionários dispensáveis são as principais causas.
Das 20 instituições hospitalares contactadas pelo «TM», para verificar o cumprimento do prazo estabelecido na circular da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) relativa à colocação de pessoal em mobilidade especial, apenas oito responderam. Este «silêncio» perante as perguntas do nosso Jornal é consonante com o cenário que encontrámos mesmo entre aqueles que tentaram cumprir os requisitos e poderá estar relacionado com o melindre do assunto. Com efeito, alguns hospitais não chegaram sequer a enviar a lista à tutela, por inexistência de pessoal mobilizável. Esta é a situação verificada nos hospitais de S. João e de Santa Maria (HSM).
Embora Adalberto Campos Fernandes, presidente do conselho de administração (CA) do HSM, admita ter «respondido dentro do prazo», explica que não indicou ninguém para o quadro de mobilidade especial porque desde 2005, ano em que tomou posse, têm sido desenvolvidas medidas para evitar a existência de excedentes. Lembrando que desde essa data o quadro já foi reduzido em cerca de 450 funcionários, o médico e administrador contou que o HSM possui uma «bolsa de mobilidade interna para realocar as pessoas». «Nós próprios antecipámo-nos ao desequilíbrio de recursos humanos, pelo que não vamos indicar ninguém», concluiu.
Embora Adalberto Campos Fernandes, presidente do conselho de administração (CA) do HSM, admita ter «respondido dentro do prazo», explica que não indicou ninguém para o quadro de mobilidade especial porque desde 2005, ano em que tomou posse, têm sido desenvolvidas medidas para evitar a existência de excedentes. Lembrando que desde essa data o quadro já foi reduzido em cerca de 450 funcionários, o médico e administrador contou que o HSM possui uma «bolsa de mobilidade interna para realocar as pessoas». «Nós próprios antecipámo-nos ao desequilíbrio de recursos humanos, pelo que não vamos indicar ninguém», concluiu.
O Hospital de Garcia de Orta (HGO) também diz ter cumprido o prazo, mas da proposta enviada à ARS não constava qualquer lista de pessoal a dispensar. Miguel Pisco, do CA do HGO, explicou ao «TM» que este é um processo «complexo», composto por várias fases e que a etapa de colocação de excedentes no quadro da mobilidade «ainda não está iniciada». O administrador diz que já foi feito o levantamento das necessidades do hospital em termos de recursos humanos, e com base nisso entregue uma proposta à ARS, mas escusa-se a revelar se haverá «dispensáveis». Apenas sublinha que se houver, «proceder-se-á à escolha das pessoas de acordo com os critérios previstos na lei».
Cenários diversos no Sul
O Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA) entregou a lista «a tempo e horas», mas escusou-se a revelar o seu conteúdo. No entanto, em declarações anteriores ao «TM», Conceição Saúde, vogal executiva do CA, admitia a dispensa de algum pessoal, nomeadamente certos profissionais que se encontram em licença sem vencimento, ao mesmo tempo que reconhecia que o cumprimento dos requisitos impostos pela circular seria «muito difícil, a não ser que se recorra à prestação de alguns destes serviços por terceiros, em substituição, e se reforce em outras áreas, em regime de outsourcing».
Cenários diversos no Sul
O Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA) entregou a lista «a tempo e horas», mas escusou-se a revelar o seu conteúdo. No entanto, em declarações anteriores ao «TM», Conceição Saúde, vogal executiva do CA, admitia a dispensa de algum pessoal, nomeadamente certos profissionais que se encontram em licença sem vencimento, ao mesmo tempo que reconhecia que o cumprimento dos requisitos impostos pela circular seria «muito difícil, a não ser que se recorra à prestação de alguns destes serviços por terceiros, em substituição, e se reforce em outras áreas, em regime de outsourcing».
No Hospital Central de Faro o prazo foi cumprido, mas também não foi enviada qualquer lista de «excedentes». «Não se encontra determinado o número de profissionais a colocar em regime de mobilidade, afigurando-se contudo extremamente difícil, face ao trabalho vindo a desenvolver, poder cumprir as determinações da circular no que diz respeito ao pessoal de suporte, já que nos restantes grupos profissionais (médicos, enfermeiros e outros técnicos envolvidos na prestação directa de cuidados) o hospital apresenta situação deficitária, não podendo, como é óbvio, prescindir dos seus actuais colaboradores», esclarece uma nota do CA enviada ao nosso Jornal.
Os «atrasados»
Quem ainda não entregou a lista foi o Hospital Geral de Santo António, que apenas prevê ter dados sobre esta matéria dentro de um mês, e a Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos, que tenciona fazê-lo «nos próximos dias». Nuno Morujão, presidente do CA desta ULS, não adianta por isso se haverá «mobilizáveis», mas vai dizendo que se não dispensarem ninguém é porque «obviamente as pessoas são indispensáveis para que a instituição cumpra a sua missão». De resto, em declarações ao nosso Jornal no início deste mês, o médico e administrador já dava a entender que seria difícil à ULS dispensar pessoal (ver «TM» de 05-11-2007).
O Centro Hospitalar de Lisboa Central também ainda não respondeu à solicitação da tutela.
TM 1.º caderno, 03.12.07
Os «atrasados»
Quem ainda não entregou a lista foi o Hospital Geral de Santo António, que apenas prevê ter dados sobre esta matéria dentro de um mês, e a Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos, que tenciona fazê-lo «nos próximos dias». Nuno Morujão, presidente do CA desta ULS, não adianta por isso se haverá «mobilizáveis», mas vai dizendo que se não dispensarem ninguém é porque «obviamente as pessoas são indispensáveis para que a instituição cumpra a sua missão». De resto, em declarações ao nosso Jornal no início deste mês, o médico e administrador já dava a entender que seria difícil à ULS dispensar pessoal (ver «TM» de 05-11-2007).
O Centro Hospitalar de Lisboa Central também ainda não respondeu à solicitação da tutela.
TM 1.º caderno, 03.12.07
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