Os nossos Velhos
foto olhares
Tenho feito nos últimos fins de semana deslocações a um hospital do norte para visitar um familiar. Estas visitas acabam por permitir-me um contacto mais próximo com a realidade da prestação de cuidados hospitalar.
Já referi num comentário anterior a situação por que passam os idosos e as suas famílias confrontadas com a decisão de alta clínica a doentes que, claramente, deveriam transitar para cuidados continuados de medicina física e reabilitação.
Este fim de semana a situação foi semelhante.
E, olhando à volta..., tão dura realidade:
Velhinhos com elevado grau de incapacidade, acompanhados por familiares extremamente humildes, inequivocamentesem recursos e condições de assumirem a responsabilidade do tratamento dos seus velhos - que tenho a certeza, requerem tratamentos de medicina física e reabilitação - são recolhidos da alta hospitalar e "levados para casa".
Um homem de 90 anos de idade, que não pesava mais de 50 quilos, incapaz de comer duas simples colheres de sopa, sob ameaças de "vomitos", seguiu para casa. Fora operado no início da semana a uma fractura na perna mas queixando-se persistentemente de dores num braço. Simples pisadela, segundo os enfermeiros!
Em contrapartida, no mesmo hospital, vários doentes de "braços" e "mãos empanados" permaneciam internados, passeando-se pelos corredores com elevado grau de autonomia . E ali iriam continuar pelo menos até ao início da semana! Doentes que, na minha modesta opinião, podiam (e deviam) ter sido tratados e enviados para casa, voltando ao hospital em consulta e tratamentos de ambulatório.
Certamente que todos percebemos porque não têm alta imediata. Trata-se de trabalhar para a facturação! São as regras dos GDHs ?!
Isto não é gestão!
Velhinhos com elevado grau de incapacidade, acompanhados por familiares extremamente humildes, inequivocamentesem recursos e condições de assumirem a responsabilidade do tratamento dos seus velhos - que tenho a certeza, requerem tratamentos de medicina física e reabilitação - são recolhidos da alta hospitalar e "levados para casa".
Um homem de 90 anos de idade, que não pesava mais de 50 quilos, incapaz de comer duas simples colheres de sopa, sob ameaças de "vomitos", seguiu para casa. Fora operado no início da semana a uma fractura na perna mas queixando-se persistentemente de dores num braço. Simples pisadela, segundo os enfermeiros!
Em contrapartida, no mesmo hospital, vários doentes de "braços" e "mãos empanados" permaneciam internados, passeando-se pelos corredores com elevado grau de autonomia . E ali iriam continuar pelo menos até ao início da semana! Doentes que, na minha modesta opinião, podiam (e deviam) ter sido tratados e enviados para casa, voltando ao hospital em consulta e tratamentos de ambulatório.
Certamente que todos percebemos porque não têm alta imediata. Trata-se de trabalhar para a facturação! São as regras dos GDHs ?!
Isto não é gestão!
Isto não é cuidar dos doentes com qualidade. Isto é fraude!
Senhor Ministro da Saúde: andará V. Exa. distraído?
Se ler este comentário certamente não deixará de mandar averiguar. Pode ter a certeza que o acima refiro corresponde à realidade.
PS: uma simples nota final para o desperdício que se verifica na hotelaria. Porquê e para quê servir uma refeição completa a doentes que nem uma sopa conseguem ingerir?
Quem paga e quem está interessado em facturar?
Tonitosa
Tonitosa
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