Não está encerrada
Ministério da Saúde diz que transferência do IPO para Oeiras "não está encerrada"
Cartaxo anunciou ontem que também poderá disponibilizar terreno para erguer de raiz a nova unidade para tratamento de cancro
O Ministério da Saúde garante que o processo de transferência do Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO) para um novo local "não está encerrado", mas não desmente que o terreno disponibilizado gratuitamente em Leceia pela Câmara de Oeiras seja o local escolhido para erguer a unidade. Depois de o presidente da autarquia, Isaltino Morais, ter anunciado que obteve luz verde do Executivo para ali instalar o IPO, é a vez de a Câmara do Cartaxo dizer que também tem terreno disponível.
"O ministério não tem condições para anunciar nada, porque o processo não está encerrado." Foi assim que o assessor de imprensa da tutela, Carlos Pires, reagiu às declarações do autarca de Oeiras, que afirmou ter recebido "resposta favorável" do Executivo à construção do IPO em Leceia. Isaltino de Morais disse que as negociações para a compra do terreno por 12,5 milhões de euros "estão em fase de conclusão", acrescentando que o cancelamento do projecto só ocorrerá se existir "uma mudança de opinião no Governo".
O anúncio, feito em plena corrida à Câmara de Lisboa, causou mal-estar no PS e mereceu críticas do candidato socialista à autarquia. António Costa afirmou ter esperança de que a transferência do IPO para Oeiras "não seja irreversível", lamentando que a Câmara de Lisboa "não tenha sido capaz de disponibilizar os 12 hectares necessários à [sua] instalação".
Ontem o presidente da Câmara do Cartaxo, o socialista Paulo Caldas, anunciou também ter um terreno para albergar um novo IPO. Paulo Caldas disse à Lusa que enviará ao ministro da Saúde uma carta explicando a disponibilidade do concelho para acolher as instalações do IPO, com vantagens competitivas em relação a Leceia.
Segundo o autarca, ao contrário de Oeiras, a autarquia pode disponibilizar 12 hectares de terreno de forma quase imediata, se o projecto for considerado de interesse nacional, permitindo ultrapassar a burocracia na aprovação do projecto Valley Parque. O terreno em causa insere-se nos 15 hectares destinados a um "parque de ciência e tecnologia", com fácil acesso por se localizar junto ao nó de ligação à A1.
A construção de raiz de um complexo para albergar o IPO de Lisboa - que faz anualmente 170 mil consultas e recebe também doentes do Alentejo, Algarve e regiões autónomas - foi anunciada há quase um ano pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, justificando essa necessidade com a degradação e limitações do actual local.
O presidente do conselho de administração do IPO, Ricardo Luz, diz que a construção de um novo hospital de raiz é urgente e a solução mais viável para a unidade, que quer afirmar-se como centro de referência conjugando não só o tratamento clínico, radioterapia e cirurgia, mas também a investigação e ensino. "As instalações estão degradadas, com unidades a funcionarem em edifícios com 80 anos, e não estão adequadas à evolução no tratamento oncológico, cada vez mais feito em ambulatório", adianta. Não podendo fechar o IPO, as enormes obras necessárias teriam custos muito elevados e arrastar-se-iam no tempo.
A construção de raiz de um complexo para albergar o IPO de Lisboa foi anunciada há um ano por Correia de Campos .
Cartaxo anunciou ontem que também poderá disponibilizar terreno para erguer de raiz a nova unidade para tratamento de cancro
O Ministério da Saúde garante que o processo de transferência do Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO) para um novo local "não está encerrado", mas não desmente que o terreno disponibilizado gratuitamente em Leceia pela Câmara de Oeiras seja o local escolhido para erguer a unidade. Depois de o presidente da autarquia, Isaltino Morais, ter anunciado que obteve luz verde do Executivo para ali instalar o IPO, é a vez de a Câmara do Cartaxo dizer que também tem terreno disponível.
"O ministério não tem condições para anunciar nada, porque o processo não está encerrado." Foi assim que o assessor de imprensa da tutela, Carlos Pires, reagiu às declarações do autarca de Oeiras, que afirmou ter recebido "resposta favorável" do Executivo à construção do IPO em Leceia. Isaltino de Morais disse que as negociações para a compra do terreno por 12,5 milhões de euros "estão em fase de conclusão", acrescentando que o cancelamento do projecto só ocorrerá se existir "uma mudança de opinião no Governo".
O anúncio, feito em plena corrida à Câmara de Lisboa, causou mal-estar no PS e mereceu críticas do candidato socialista à autarquia. António Costa afirmou ter esperança de que a transferência do IPO para Oeiras "não seja irreversível", lamentando que a Câmara de Lisboa "não tenha sido capaz de disponibilizar os 12 hectares necessários à [sua] instalação".
Ontem o presidente da Câmara do Cartaxo, o socialista Paulo Caldas, anunciou também ter um terreno para albergar um novo IPO. Paulo Caldas disse à Lusa que enviará ao ministro da Saúde uma carta explicando a disponibilidade do concelho para acolher as instalações do IPO, com vantagens competitivas em relação a Leceia.
Segundo o autarca, ao contrário de Oeiras, a autarquia pode disponibilizar 12 hectares de terreno de forma quase imediata, se o projecto for considerado de interesse nacional, permitindo ultrapassar a burocracia na aprovação do projecto Valley Parque. O terreno em causa insere-se nos 15 hectares destinados a um "parque de ciência e tecnologia", com fácil acesso por se localizar junto ao nó de ligação à A1.
A construção de raiz de um complexo para albergar o IPO de Lisboa - que faz anualmente 170 mil consultas e recebe também doentes do Alentejo, Algarve e regiões autónomas - foi anunciada há quase um ano pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, justificando essa necessidade com a degradação e limitações do actual local.
O presidente do conselho de administração do IPO, Ricardo Luz, diz que a construção de um novo hospital de raiz é urgente e a solução mais viável para a unidade, que quer afirmar-se como centro de referência conjugando não só o tratamento clínico, radioterapia e cirurgia, mas também a investigação e ensino. "As instalações estão degradadas, com unidades a funcionarem em edifícios com 80 anos, e não estão adequadas à evolução no tratamento oncológico, cada vez mais feito em ambulatório", adianta. Não podendo fechar o IPO, as enormes obras necessárias teriam custos muito elevados e arrastar-se-iam no tempo.
A construção de raiz de um complexo para albergar o IPO de Lisboa foi anunciada há um ano por Correia de Campos .
JP 09.06.07
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