Estudo da DGS
Remeto um comentário para a Saúde Sã....
«Não querendo ser apenas negativo não posso deixar de referir que o estudo publicado no site da DGS revela alguma falta de atenção e vários lapsos (fruto porventura da escassez de recursos disponíveis) os quais prejudicam a sua utilidade.
1)- Falta de atenção, veja-se por exemplo:
a)- 1ª linha da pág 3: "... pretende avaliar o stock de capital existente..."; e depois na 1ª linha da pág 4: "... proceder a uma avaliação dos hospitais EPE e SPA numa perspectiva de gestão e da qualidade...";
b)- Fim do 2º parágrafo da pág 3: "... tomou em consideração... quer indicadores de qualidade, subjectivos,..."; depois não no fim o 4º parágrafo da mesma pág;
c)- A ausência de referência aos problemas esperados da informação disponível que pode afectar as conclusões do estudo:
i)- Se um hospital estiver a internar doentes que deviam ser considerados Cir. Ambulatória ou H. Dia de Quimioterapia como isso afecta a classificação?
ii)- Idem quanto a diferente % de transferências face à média dos hospitais semelhantes? idem quanto a omitir/desvalorizar aspectos negativos (ex. dias internamento devidos a infecções)?
iii)- Será que os doentes saídos são homogéneos quanto a: % doentes abaixo do limiar inferior (ou % mortes); % doentes saídos c/ demora média zero, 1 e 2 dias;
2)- Lapsos contidos no estudo:
a)- Utilização do ICM
i) Deveria começar por questionar-se o valor do ICM (é internamento? é Internamento+ CA+ RN?): HH do grupo 1 têm maiores ICM que os do grupos II e III? O HS Marcos (0,9977) tem menor ICM que o de Espinho (1,1115)?
ii)- Corrigir todas as actividades clínicas c/ ICM? (o H Dia Quimioterapia do Hospital X não é mais diferenciado que o do Y só porque aquele tem neurocirurgia ou cirurgia cardíaca);
iii)- Corrigir também a alimentação e a roupa pelo ICM??
b)- Contas no ex. do H. Anadia estão erradas no internamento (é 24,98 e não 66,8);
c)- Sendo a despesa apresentada nas secções principais o total (isto é inclui as secções auxiliares e administrativas, como também os medicamentos) então considerar à parte novamente as secções auxiliares e os medicamentos das S. principais é considerar em duplicado o seu efeito na classificação (independentemente da ponderação);
d)- Os ponderadores assim como os valores médios usados na classificação deveriam ser os de cada grupo de hospitais (até porque o que se pretende é comparar os hospitais dentro do grupo cf. página 2) - de facto não foi isso que se fez (o mesmo ponderador e valor médio para todos HH);
e)- Avaliação da qualidade e global:
i)- Não parece razoável defender que: em eficiência menor custo é sempre melhor (quem não der medicamentos aos doentes seria o"maior"); em qualidade a > % de CA ou a < % cesarianas é sempre melhor (há um ponto a partir do qual deixa de o ser...); ii)- Usam-se apenas 3 indicadores de qualidade sendo que 1 é raro (% DI por infecção) o que pode ser perigoso; usar a média aritmética simples com 2 indicadores de qualidade apenas (ou 3) e "n" de eficiência não parece também a melhor opção; classificar com base na média, também não parece a melhor opção. Nos resultados achei curiosa a qualidade de: a)- Alcobaça (1º com 5,1) e do Montijo (255,8??). Olhando para os valores dos 2 únicos indicadores vemos que em Alcobaça não há infecções (?) e tem 50% de CA; Montijo tem 0,46% de DI devidos a infecções e não tem CA ...; b)- S. Sebastião (93,2), Guimarães (170,4) e Cascais (67,1 a maior qualidade no grupo!): i)- Guimarães distingue-se de Cascais apenas porque não tem CA; ii)- S Sebastião tem melhor % Cesarianas e de DI devidos a infecção que Cascais mas como tem < % CA.... SemMisericórdia
«Não querendo ser apenas negativo não posso deixar de referir que o estudo publicado no site da DGS revela alguma falta de atenção e vários lapsos (fruto porventura da escassez de recursos disponíveis) os quais prejudicam a sua utilidade.
1)- Falta de atenção, veja-se por exemplo:
a)- 1ª linha da pág 3: "... pretende avaliar o stock de capital existente..."; e depois na 1ª linha da pág 4: "... proceder a uma avaliação dos hospitais EPE e SPA numa perspectiva de gestão e da qualidade...";
b)- Fim do 2º parágrafo da pág 3: "... tomou em consideração... quer indicadores de qualidade, subjectivos,..."; depois não no fim o 4º parágrafo da mesma pág;
c)- A ausência de referência aos problemas esperados da informação disponível que pode afectar as conclusões do estudo:
i)- Se um hospital estiver a internar doentes que deviam ser considerados Cir. Ambulatória ou H. Dia de Quimioterapia como isso afecta a classificação?
ii)- Idem quanto a diferente % de transferências face à média dos hospitais semelhantes? idem quanto a omitir/desvalorizar aspectos negativos (ex. dias internamento devidos a infecções)?
iii)- Será que os doentes saídos são homogéneos quanto a: % doentes abaixo do limiar inferior (ou % mortes); % doentes saídos c/ demora média zero, 1 e 2 dias;
2)- Lapsos contidos no estudo:
a)- Utilização do ICM
i) Deveria começar por questionar-se o valor do ICM (é internamento? é Internamento+ CA+ RN?): HH do grupo 1 têm maiores ICM que os do grupos II e III? O HS Marcos (0,9977) tem menor ICM que o de Espinho (1,1115)?
ii)- Corrigir todas as actividades clínicas c/ ICM? (o H Dia Quimioterapia do Hospital X não é mais diferenciado que o do Y só porque aquele tem neurocirurgia ou cirurgia cardíaca);
iii)- Corrigir também a alimentação e a roupa pelo ICM??
b)- Contas no ex. do H. Anadia estão erradas no internamento (é 24,98 e não 66,8);
c)- Sendo a despesa apresentada nas secções principais o total (isto é inclui as secções auxiliares e administrativas, como também os medicamentos) então considerar à parte novamente as secções auxiliares e os medicamentos das S. principais é considerar em duplicado o seu efeito na classificação (independentemente da ponderação);
d)- Os ponderadores assim como os valores médios usados na classificação deveriam ser os de cada grupo de hospitais (até porque o que se pretende é comparar os hospitais dentro do grupo cf. página 2) - de facto não foi isso que se fez (o mesmo ponderador e valor médio para todos HH);
e)- Avaliação da qualidade e global:
i)- Não parece razoável defender que: em eficiência menor custo é sempre melhor (quem não der medicamentos aos doentes seria o"maior"); em qualidade a > % de CA ou a < % cesarianas é sempre melhor (há um ponto a partir do qual deixa de o ser...); ii)- Usam-se apenas 3 indicadores de qualidade sendo que 1 é raro (% DI por infecção) o que pode ser perigoso; usar a média aritmética simples com 2 indicadores de qualidade apenas (ou 3) e "n" de eficiência não parece também a melhor opção; classificar com base na média, também não parece a melhor opção. Nos resultados achei curiosa a qualidade de: a)- Alcobaça (1º com 5,1) e do Montijo (255,8??). Olhando para os valores dos 2 únicos indicadores vemos que em Alcobaça não há infecções (?) e tem 50% de CA; Montijo tem 0,46% de DI devidos a infecções e não tem CA ...; b)- S. Sebastião (93,2), Guimarães (170,4) e Cascais (67,1 a maior qualidade no grupo!): i)- Guimarães distingue-se de Cascais apenas porque não tem CA; ii)- S Sebastião tem melhor % Cesarianas e de DI devidos a infecção que Cascais mas como tem < % CA.... SemMisericórdia
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