quinta-feira, abril 13, 2006

Usar a Informação

Para partilhar, aprender e fixar metas .
Eficiência dos hospitais - partilhar, aprender, melhorar
1 - Publicou o IGIF os custos dos HH de 2004. Apesar dos erros/problemas essa informação pode ajudar-nos a compreender melhor a situação relativa das actividades e serviços do nosso hospital (e sinalizar onde focalizar a actuação para melhorar). Com esse fim apresenta-se em anexo informação sobre os custos dos HH do Grupo 2 e do Grupo 4. (link)
Analisámos apenas 5 actividades e serviços (relevantes, comuns a todos os hospitais, sem problemas de unidades de medida) de alguns hospitais (comparando entre si e face à média do seu grupo) - a análise é feita em custos directos para eliminar enviezamentos de imputação de despesas indirectas. Não se pretende avaliar ou qualificar os HH e serviços, apenas efectuar comparação que suscite outras análises e comentários. A melhoria começa com a partilha de informação e a discussão de conclusões com os interessados (Internamente com CA/outros órgãos e responsáveis, chefias de serviços; Externamente - seja c/ tutela seja, sobretudo, interpares para o serviço XPTO - como conseguem estes custos?).

2 - HH do Grupo 2
1º- Verificam-se disparidades significativas em todas as actividades/serviços. Portanto há boas oportunidades p/ melhorar, ou seja, não desperdiçar (diferente de apenas não gastar, seja poupar);
2º- No conjunto de serviços/actividades analisados verifica-se que:
a)- Os 3 Grandes HH Universitários nem sempre são os mais caros do Grupo 2 - HGSA tem custos mais elevados em várias situações. Há HH de pequena e média dimensão doutros grupos (em princípio de menor diferenciação e gravidade) c/ custos maiores que a média do Grupo 2;
b)- O gasto acrescido global destes 4 HH é elevado. Os elementos apontam-nos onde há oportunidades de melhorar e quanto (ajuda p/ fixar a meta);
c)- O custo unitário directo com pessoal explica, em grande parte e quase sempre, as diferenças.
3º- Não será a qualidade do estatuto (SA/SPA) que explica as disparidades - há áreas em que um SA apresenta piores custos noutras são SPA.
Nota: penso que a boa gestão (não apenas: gestão política, de imagem/MKT ou manipulação de nºs) explicará a maior parte das diferenças no médio prazo, sendo que o modelo de empresa apresenta vantagens óbvias, desde que se garanta o cumprimento integral da MISSÃO PÚBLICA.

3 - HH do Grupo 4
Dentro da amostra de HH verifica-se:
1º- Os HH do Norte e Centro apresentam genericamente melhores resultados que os restantes;
2º- Grandes gastos acrescidos em vários HH (soma Intern., CE e Urg. geral): Setúbal, Barlavento, Évora, Matosinhos, Portalegre, Beja, C. Rainha e Alto Minho. Como contrapartida há vários HH abaixo da média do grupo: São Sebastião, Guimarães, Cova Beira, Vale Sousa, Leiria e Vila Real;
3º- Os custos unitários directos exibem grandes disparidades: Urgência de 33 a 197 euros; CE de 23 a 86 euros; Internamento de 997 a 1.704 euros.
Curiosidade: custo unitário directo da urgência em vários HH (Grupo 4) superior ao correspondente dos 3 grandes HH Universitários (Matosinhos, Setúbal, Barlavento, C Rainha).
SemMisericórdia
Nota: Utilizar o link acima para visionar os quadros excel. Clicar p/ ampliar os quadros. Os quatro quadros na vertical deveriam estar em paralelo pela mesma ordem. Temos algumas limitações na publicação deste tipo de formato pelo que apresentamos as nossas desculpas.