Contra Corrente
Temos, entre nós, médicos, alguns que não seguem as regras do jogo sério e que se afastam de matrizes sustentadas e sustentáveis tecnicamente.
Todos lucrávamos se a Ordem dos Médicos se embrenhasse de forma séria em proporcionar reflexão, estudo e recomendações técnicas que orientassem e balizassem o que é aceitável tecnicamente e o que melhor se adequa à legis artis.
Querer, a coberto da liberdade e autonomia científica e técnica dos médicos, chancelar e pactuar com prescrições irracionais e inadequadas é ver o mundo antes de Copérnico e dar razão a arrivistas como é o Dr. João Cordeiro. Este empresário, mestre na guerrrilha e doutorado em contrainformação, conseguiu fazer esquecer que alguns donos de farmácias querem estar (e estão) acima da Lei e que ganham margens obscenas no fornecimento de embalagens de medicamentos (muito à custa de esquemas de bónus de muito duvidosa legalidade), lançando o ónus para cima dos médicos e criando factos políticos de excelente recorte e oportunidade.
Talvez ainda tenhamos demasiados telhados de vidro para poder vencer esta batalha em terreno aberto.
Precisamos, como grupo, de ser mais sérios para sermos levados mais a sério. Mas é dentro do grupo que temos de encontrar as respostas.
O João Cordeiro não é o principal inimigo dos médicos.
O principal inimigo dos médicos são os médicos que vivem à margem da ciência e da sua objectividade.
Aprendendo com o mestre João Cordeiro não podemos deixar de aqui lançar uma pergunta, quiçá, quem sabe, para ser respondida pela Procuradoria-Geral da República: sabem quanto vai pagar a nova farmácia do Hospital de Leiria de renda anual? 30,25% da facturação anual bruta + 100.000 €. Sim, leram bem 30,25% da facturação anual bruta mais 100.000 € fixos. Ora num mercado tabelado com margem fixa de 18,5%, e em que a associação do sector (ANF) fica com 1,5%, ouviram alguém perguntar como se pode pagar 30,25% quando se tem uma margem legal de 17%?
Anda tudo distraído ou pensam que somos parvos?
Concordamos com João Cordeiro!
A Procuradoria-Geral da República é bem vinda a este sector.
Mas achamos que terá muito mais matéria para investigar nestas margens de lucro do que no receituário médico e nas suas motivações.
Todos lucrávamos se a Ordem dos Médicos se embrenhasse de forma séria em proporcionar reflexão, estudo e recomendações técnicas que orientassem e balizassem o que é aceitável tecnicamente e o que melhor se adequa à legis artis.
Querer, a coberto da liberdade e autonomia científica e técnica dos médicos, chancelar e pactuar com prescrições irracionais e inadequadas é ver o mundo antes de Copérnico e dar razão a arrivistas como é o Dr. João Cordeiro. Este empresário, mestre na guerrrilha e doutorado em contrainformação, conseguiu fazer esquecer que alguns donos de farmácias querem estar (e estão) acima da Lei e que ganham margens obscenas no fornecimento de embalagens de medicamentos (muito à custa de esquemas de bónus de muito duvidosa legalidade), lançando o ónus para cima dos médicos e criando factos políticos de excelente recorte e oportunidade.
Talvez ainda tenhamos demasiados telhados de vidro para poder vencer esta batalha em terreno aberto.
Precisamos, como grupo, de ser mais sérios para sermos levados mais a sério. Mas é dentro do grupo que temos de encontrar as respostas.
O João Cordeiro não é o principal inimigo dos médicos.
O principal inimigo dos médicos são os médicos que vivem à margem da ciência e da sua objectividade.
Aprendendo com o mestre João Cordeiro não podemos deixar de aqui lançar uma pergunta, quiçá, quem sabe, para ser respondida pela Procuradoria-Geral da República: sabem quanto vai pagar a nova farmácia do Hospital de Leiria de renda anual? 30,25% da facturação anual bruta + 100.000 €. Sim, leram bem 30,25% da facturação anual bruta mais 100.000 € fixos. Ora num mercado tabelado com margem fixa de 18,5%, e em que a associação do sector (ANF) fica com 1,5%, ouviram alguém perguntar como se pode pagar 30,25% quando se tem uma margem legal de 17%?
Anda tudo distraído ou pensam que somos parvos?
Concordamos com João Cordeiro!
A Procuradoria-Geral da República é bem vinda a este sector.
Mas achamos que terá muito mais matéria para investigar nestas margens de lucro do que no receituário médico e nas suas motivações.
Sindicato Independente dos Médicos
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