Galo de Barcelos
defende-se da cópia chinesa
O galo de Barcelos entrou numa nova batalha: a da certificação, como forma de o ícone nacional se proteger dos milhares de peças fabricadas por ano na China.
A tentativa de lutar contra a ofensiva asiática, levada por um fabricante de Barcelos para o Oriente, que destruiu 60 por cento da produção local, não é nova. Em 2004, a Câmara de Barcelos promoveu uma tentativa de reconhecimento da olaria e figurado, um conjunto de trabalhos em barro onde se inclui o galo, mas não conseguiu mais do que um registo de marca genérico, que não deu uma certificação ao ícone. Na altura, a autarquia não era reconhecida oficialmente como entidade com condições para promover o pedido.
O galo de Barcelos entrou numa nova batalha: a da certificação, como forma de o ícone nacional se proteger dos milhares de peças fabricadas por ano na China.
A tentativa de lutar contra a ofensiva asiática, levada por um fabricante de Barcelos para o Oriente, que destruiu 60 por cento da produção local, não é nova. Em 2004, a Câmara de Barcelos promoveu uma tentativa de reconhecimento da olaria e figurado, um conjunto de trabalhos em barro onde se inclui o galo, mas não conseguiu mais do que um registo de marca genérico, que não deu uma certificação ao ícone. Na altura, a autarquia não era reconhecida oficialmente como entidade com condições para promover o pedido.
No mês passado, autarquia e Associação para o Desenvolvimento Regional do Minho (Adere-Minho) juntaram-se para promover a certificação da Olaria e Figurado de Barcelos.
A luta contra a concorrência asiática e o reconhecimento desta especificidade do artesanato de barro local pode ser desta feita uma realidade, porque a Adere-Minho é a única entidade nacional a certificar produtos com matriz popular. O projecto protocolado tem ainda como parceiros o Centro Regional de Artes Tradicionais (CRAT), o Programa para a Promoção dos Ofícios e das Microempresas Artesanais (Ppart) e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
A luta contra a concorrência asiática e o reconhecimento desta especificidade do artesanato de barro local pode ser desta feita uma realidade, porque a Adere-Minho é a única entidade nacional a certificar produtos com matriz popular. O projecto protocolado tem ainda como parceiros o Centro Regional de Artes Tradicionais (CRAT), o Programa para a Promoção dos Ofícios e das Microempresas Artesanais (Ppart) e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
O reconhecimento das características estéticas dos galos feitos à mão naquele concelho do Minho é uma tarefa bem possível pela Adere-Minho, até porque, em cinco anos, a instituição já certificou três mil lenços-de-namorados e, em breve, pretende patentear a toalha de água às mãos de Terras de Bouro, os alambiques em cobre de Vieira do Minho e a filigrana de Póvoa de Lanhoso. De qualquer forma, o processo não é pacífico. Alguns artesãos receiam pelo ordenamento jurídico do acto de produção, por temerem que com a certificação tenham que pagar ainda mais impostos, mas o grupo de artesãos da Associação Galo, promete tudo fazer para conquistar o reconhecimento. A certificação está prevista partir do primeiro trimestre de 2008.
jp, FF 12.12.07
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