Pouco PS
Deputados dizem que há "pouco PS no Governo"
Numa reunião emotiva, onde se discutiram casos sociais que tocaram os deputados, o grupo parlamentar do PS decidiu ontem solicitar a presença, em reuniões de bancada, dos ministros que lideram as reformas mais "sensíveis", a aprovar pela Assembleia da República (AR) até ao Verão. Em causa está, mais uma vez, o alerta de muitos deputados para a necessidade de melhor articulação das políticas do Governo com a bancada que o sustenta e se confronta, no terreno, com as consequências das decisões.
"Vamos elencar as matérias que exigem uma reflexão mais profunda e chamar os respectivos ministros a reuniões de grupo às quartas-feiras, para melhor esclarecimento e um trabalho mais organizado", explicou o líder da bancada, Alberto Martins, no final da reunião. Entre essas áreas poderão estar a saúde e as finanças.
Tudo começou com uma intervenção de Maria de Belém sobre o caso da professora de Aveiro com leucemia, que, considerada apta para o serviço por uma junta médica, teve de cumprir 31 dias na escola, com vómitos e desmaios, até poder voltar a meter atestado médico. Acabou por conseguir aposentar-se uma semana antes de morrer no Hospital de Aveiro.
No final da reunião, Alberto Martins considerou serem "inaceitáveis" situações como aquela e garantiu que o grupo se encarregará de ver se é possível melhorar as leis.
Atrás desse caso vieram outros, como o de um casal colocado inesperadamente no quadro de mobilidade especial da função pública ou as debilidades do sistema de intervenção precoce. Exemplos de "falta de estratégia" e de "sensibilidade social" na acção política do Governo, que os deputados esperavam ser mais humanista. "Há pouco PS no Governo", terá mesmo afirmado um deputado, lembrando que este é um momento de grande fragilidade do Executivo, depois da saída de António Costa, com a presidência da UE à porta e a meio do mandato.
JP 22.06.07
Numa reunião emotiva, onde se discutiram casos sociais que tocaram os deputados, o grupo parlamentar do PS decidiu ontem solicitar a presença, em reuniões de bancada, dos ministros que lideram as reformas mais "sensíveis", a aprovar pela Assembleia da República (AR) até ao Verão. Em causa está, mais uma vez, o alerta de muitos deputados para a necessidade de melhor articulação das políticas do Governo com a bancada que o sustenta e se confronta, no terreno, com as consequências das decisões.
"Vamos elencar as matérias que exigem uma reflexão mais profunda e chamar os respectivos ministros a reuniões de grupo às quartas-feiras, para melhor esclarecimento e um trabalho mais organizado", explicou o líder da bancada, Alberto Martins, no final da reunião. Entre essas áreas poderão estar a saúde e as finanças.
Tudo começou com uma intervenção de Maria de Belém sobre o caso da professora de Aveiro com leucemia, que, considerada apta para o serviço por uma junta médica, teve de cumprir 31 dias na escola, com vómitos e desmaios, até poder voltar a meter atestado médico. Acabou por conseguir aposentar-se uma semana antes de morrer no Hospital de Aveiro.
No final da reunião, Alberto Martins considerou serem "inaceitáveis" situações como aquela e garantiu que o grupo se encarregará de ver se é possível melhorar as leis.
Atrás desse caso vieram outros, como o de um casal colocado inesperadamente no quadro de mobilidade especial da função pública ou as debilidades do sistema de intervenção precoce. Exemplos de "falta de estratégia" e de "sensibilidade social" na acção política do Governo, que os deputados esperavam ser mais humanista. "Há pouco PS no Governo", terá mesmo afirmado um deputado, lembrando que este é um momento de grande fragilidade do Executivo, depois da saída de António Costa, com a presidência da UE à porta e a meio do mandato.
JP 22.06.07
<< Home