Na massa do sangue
Obrigado por cada linha.
Há uma coisa que interessa neste post, para além da estratégia de «querer conversa»; é o título: «Na massa do sangue». Compreendam. Primeiro, ele quer conversa. Depois, ele sabe que «está-lhes na massa do sangue». Que sangue é esse? O dos judeus. De vez em quando é gente que tem sangue e, talvez por isso «[os judeus]acabaram por dar motivos para serem expulsos», primeiro de Espanha e, depois, de Portugal. Convenhamos: «foi o que eles [os judeus] fizeram em todos os países que os receberam durante a sua história de milénios», justamente, «dar motivos para serem expulsos». Usar o «eles» é uma boa estratégia: há «os judeus», «os pretos», «os católicos», «os brasileiros», «os tugas», «os paneleiros», mas sobretudo «eles». Diz-se «eles» e fica o problema resolvido. A massa do sangue é uma coisa bonita de se achar, sobretudo nos outros.
Por isso, obrigado por cada linha deste post. Há coisas que são assim mesmo. Abjectas ou apenas assim, como são. Não interessam os erros históricos e as manigâncias de estilo; o propósito é o de os apontar a dedo. Eles. Nós. Eles. Eu. Cada um.
Francisco José Viegas, origem das espécies
Há uma coisa que interessa neste post, para além da estratégia de «querer conversa»; é o título: «Na massa do sangue». Compreendam. Primeiro, ele quer conversa. Depois, ele sabe que «está-lhes na massa do sangue». Que sangue é esse? O dos judeus. De vez em quando é gente que tem sangue e, talvez por isso «[os judeus]acabaram por dar motivos para serem expulsos», primeiro de Espanha e, depois, de Portugal. Convenhamos: «foi o que eles [os judeus] fizeram em todos os países que os receberam durante a sua história de milénios», justamente, «dar motivos para serem expulsos». Usar o «eles» é uma boa estratégia: há «os judeus», «os pretos», «os católicos», «os brasileiros», «os tugas», «os paneleiros», mas sobretudo «eles». Diz-se «eles» e fica o problema resolvido. A massa do sangue é uma coisa bonita de se achar, sobretudo nos outros.
Por isso, obrigado por cada linha deste post. Há coisas que são assim mesmo. Abjectas ou apenas assim, como são. Não interessam os erros históricos e as manigâncias de estilo; o propósito é o de os apontar a dedo. Eles. Nós. Eles. Eu. Cada um.
Francisco José Viegas, origem das espécies
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