Médicos Contra
autarquias a gerir centros de saúde
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) congratulou-se ontem com a proposta do Governo para a reforma dos centros de saúde, mas considerou uma "medida perigosa" a possibilidade de as autarquias virem a participar na gestão e prestação de cuidados.
Em conferência de imprensa em Lisboa, um dia antes de terminar o prazo para a consulta pública da proposta para a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, a Fnam considerou que se está "perante um bom documento, que integra muitas das medidas" defendidas pela organização sindical e outras associações médicas.
Henrique Botelho, do conselho nacional da Fnam, pormenorizou que o documento - elaborado por um grupo técnico a pedido do Ministério da Saúde - indica "caminhos para se ultrapassar alguns dos problemas identificados", nomeadamente o envelhecimento dos médicos que trabalham nos centros de saúde (75 por cento tem mais de 48 anos) e a existência de quase 800 mil pessoas sem médico de família.
Porém, a possibilidade de a gestão das Unidades de Saúde Familiar (que deverão resultar da transformação dos actuais centros de saúde) se abrir aos sectores cooperativo, social, privado e privado convencionado já merece reservas à estrutura sindical, que defende um "regime experimental a ser monitorizado e avaliado".
Quanto à eventual participação das autarquias na prestação de cuidados primários de saúde, a Fnam considera-a uma "medida perigosa", dado que esta "não é a sua vocação" e que não existe "qualquer tradição e experiência das autarquias nesta área" em Portugal. Lusa
Jornal Público 15.09.05
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) congratulou-se ontem com a proposta do Governo para a reforma dos centros de saúde, mas considerou uma "medida perigosa" a possibilidade de as autarquias virem a participar na gestão e prestação de cuidados.
Em conferência de imprensa em Lisboa, um dia antes de terminar o prazo para a consulta pública da proposta para a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, a Fnam considerou que se está "perante um bom documento, que integra muitas das medidas" defendidas pela organização sindical e outras associações médicas.
Henrique Botelho, do conselho nacional da Fnam, pormenorizou que o documento - elaborado por um grupo técnico a pedido do Ministério da Saúde - indica "caminhos para se ultrapassar alguns dos problemas identificados", nomeadamente o envelhecimento dos médicos que trabalham nos centros de saúde (75 por cento tem mais de 48 anos) e a existência de quase 800 mil pessoas sem médico de família.
Porém, a possibilidade de a gestão das Unidades de Saúde Familiar (que deverão resultar da transformação dos actuais centros de saúde) se abrir aos sectores cooperativo, social, privado e privado convencionado já merece reservas à estrutura sindical, que defende um "regime experimental a ser monitorizado e avaliado".
Quanto à eventual participação das autarquias na prestação de cuidados primários de saúde, a Fnam considera-a uma "medida perigosa", dado que esta "não é a sua vocação" e que não existe "qualquer tradição e experiência das autarquias nesta área" em Portugal. Lusa
Jornal Público 15.09.05
<< Home